quinta-feira, 21 de abril de 2011

Amizade a distância: ontem e hoje

Nos tempos de hoje, a nossa idéia do que é  amizade sofreu transformações. Isso foi possível, também, graças ao encurtamento das distâncias tecnológicas, que nos fizeram estar mais perto dos nossos amigos constantemente, mas através de computadores, fios e modens.
É bom saber que temos alguém com quem contar, dividir as nossas alegrias, dores, angústias, tristezas, momentos de felicidade. Mesmo que tudo isso seja expressado através de carinhas do bate papo, e que elas nos transmitam o que nosso amigo do outro lado da tela está pensando ou sentindo.
Voltando no tempo, a uns 40 anos atrás, como as nossas emoções seriam retratadas através das máquinas de escrever? Elas não possuíam  nenhum recurso de animação que pudesse dizer o que estávamos sentindo, além das nossas palavras moldadas no tic tac de uma Olivetti.
É nesse contexto que a fantástica animação "Mary e Max" nos transporta, nos fazendo avaliar a importância que os nosso amigos possuem em nossas vidas.
O filme retrata a vida de dois personagens solitários, cujas vidas se cruzam pelo maior dos acasos: uma página aleatória aberta em uma lista telefônica. Motivada por uma dúvida infantil, a australiana Mary Daisy Dinkle, 8 anos, decide escrever ao nova-iorquino Max Jerry Horowitz, 44 anos. Junto à carta, alguns desenhos, uma barra de chocolate e a dúvida: "de onde vêm os bebês nos Estados Unidos". A correspondência inocente muda a vida de ambos para sempre, iniciando uma história que transcorre por mais de uma década.
Curioso é perceber que com as facilidades tecnológicas, não sentimos mais aquela sensação de ansiedade de esperar uma carta, e nem sentimos mais vontade de escrevê-la. Não nos sentimos livres nas infinitas folhas de papel para se ater a detalhes, escrevemos agora só o essencial. Nossos dedos não expressam mais o que sentimos, simplificando a idéia que possuímos sobre o que é amizade.


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