quarta-feira, 23 de março de 2011

O teatro baiano de resistência: "Cabaré da RRRaça" e o Bando de Teatro Olodum

Recentemente assistimos ao profílico espetáculo Cabaré da RRRaça, realizado pelo elenco do Bando de Teatro Olodum, com alguns dos nossos amigos do tempo de faculdade.
A impressão foi das melhores - a interpretação, música, interatividade e temática rechearam a noite e fizeram vir à tona muitas reflexões acerca da questão: "O que é ser negro no Brasil?". Mas, independente da sua cor e raça, é imperdível para quem gosta de apreciar o que há de melhor na cultura baiana feita por baianos, além da garantia de boas risadas. E pra quem preferir se aprofundar mais no assunto, abaixo segue link de um artigo acadêmico sobre o perfil do público que frequenta o espetáculo e o comentário nobre da nossa amiga Aline, que assistiu a peça conosco.

Cabaré da RRRaça por Aline Bispo
(comentário sobre texto http://peliculanegra.blogspot.com/2010/02/cabare-da-raca.html)
"Pra mim, assim é cabaré da raça, aliás, não só esse espetáculo, mas também tantos outros do que vejo como autênticos do teatro baiano.
Compreendo as inquientações do autor do texto, vejo um milhão de possibilidades e temas outros que poderiam ser explorados ou aprofundados no cabaré. Mas acho que temos que compreender que se trata de um texto teatral, que possui suas limitações de produção (tempo, eco de platéia, elementos cenográficos,...).
É como o filme de um livro que vemos e sempre achamos que ficou aquém do que poderia ter sido.
Gosto do formato de muitas perguntas e poucas ou nenhuma resposta que tem o espetáculo. Como a própria crítica diz, a peça propõe uma reflexão e não colocar em cena verdades absolutas, mesmo porque, um tema tão cotidiano é mesmo bastante mutável e cada elemento exposto passa todo dia por uma resignificação.
Agora o que não concordo, é com o comentário sobre o personagem Edmilson, o gay. Primeiro,acho absurdamente talaentosa a atuação do Leno Sacramento. Longe de ser "um hetero imitando um gay bastante efeminado", como diz na crítica. Mesmo já o tendo visto algumas vezes fora desse ou em outros diferentes personagens, quando o vejo em cena me recuso a acreditar que ele não é de fato gay.
E cada personagem carrega de fato um forte estereótipo, criado pela coletividade ou aceito por quem o carrega, mas isso não quer dizer que a contribuição de um seja mais ou menos importante do que a do outro. Precisamos saber ouvir as diferentes opiniões com o mesmo equilibrio, independente de quem as venha. Sem essa de dois pesos e duas medidas.
Quanto à recepção e resposta do público, é isso mesmo. É o que diria tia Adna: "Não se pode conscientizar ninguém, o que fazemos é sensibilizar."
As respostas estão na trajetória e na consciência de cada um."

3 comentários:

  1. gostei da para ver que ambos intercam se muinto pela cultura
    sou aluno do sr damiao cruz ca em luanda

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  2. sou aluno do prof da mião em luanda no instituto medio politecnico do sambiza na sala 7 p manha e ja mi tornei no seguidor e gostaria que se tornaces tambem no meu blog que é o compaxao e caredade lito manue pantcho é o meu nome

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  3. olá, emanuel, obrigada por se tornar membro do nosso blog. me passe o link do seu blog para que eu possa me tornar membro também.

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